quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Criação de Frango Caipira de corte

A criação de galinha caipira é um setor que vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Por ter uma carne mais dura e saborosa que a da galinha de granja, aguça os paladares dos consumidores e consequentemente aquece as vendas. É uma criação que não requer muitos cuidados e controle como a criação de granja, é mais barata e necessita de menos mão de obra, no entanto, demora mais tempo para ser terminada.
Criação de frangos de corte
Para começar uma criação, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, o produtor deve fazer o planejamento prévio da atividade, colocando na ponta do lápis todos os gastos que serão efetuados para a implantação da granja, aquisição de animais, ração e água.
No planejamento, será feita a escolha das raças a serem criadas, do sistema de criação, do tamanho das instalações, do material a ser utilizado para a construção das instalações, das tubulações de água e da mão de obra temporária e permanente.
Raças
Existem várias raças de galinhas, com aptidão para carne ou postura, uma das mais conhecidas para a criação caipira é a raça índia, que se caracteriza por ter um porte grande e pernas escuras. A escolha da raça varia de região para região, pois cada raça possui uma adaptabilidade climática diferente. Faça uma pesquisa nas fazendas de sua região e pergunte aos criadores mais experientes quais as raças mais criadas.
Sistema de criação
Para a criação de corte, podem ser utilizadas 3 formas diferentes de criação, a confinada, a semi-confinada e a livre.
. Criação confinada: nesse sistema os frangos são criados em confinamento, ou seja, ficam presos o dia todo. O único fator que diferencia a criação intensiva de frango caipira da criação de granja é a alimentação.
Os frangos são criados em poleiros ou galpões de piso de cimento ou terra batida, forrados com cama de maravalha ou palha de arroz. Os galpões podem ser feitos de madeira, tela de arame ou bambu, de acordo com a criatividade do produtor, desde que proteja os animais do frio, do sol e de predadores. A utilização de materiais alternativos é amplamente incentivada, principalmente se a criação for de pequeno ou médio porte.
A alimentação das aves vai mudando gradativamente desde a primeira fase de vida. Nas primeiras 24 horas, pode limitar-se ao fubá espalhado sobre folhas de jornal, no segundo dia, entra-se com ração de crescimento e no terceiro ela já não é mais servida em jornal, mas em recipientes a 6 cm de altura. Gradativamente os comedouros irão subindo até atingirem 15 cm, quando as aves já estiverem em idade adulta. Um pintinho precisa de 100 gramas de ração na primeira semana; 250 gramas na semana seguinte e 350 gramas na subsequente. A partir daí pode receber ração de engorda. Adulta, uma galinha necessita entre 100 e 150 gramas por dia de ração. Depois dos 30 dias de idade a podem ser acrescentados restos de hortaliças e folhas verdes no regime das aves. Nesse sistema, os frangos atingem idade de abate em torno de 4 a 5 meses.
. Criação semi-confinada: nesse sistema os frangos são criados parte do dia presos e parte soltos em piquetes. Até os 30 dias de idade os pintinhos são mantidos presos, para defendê-los de predadores e do frio. Recebem fubá de milho no primeiro dia de vida, no segundo começam a receber ração de crescimento (100g/ave), a partir da segunda semana de vida recebem 250g e 350g até completarem 30 dias de vida. A partir daí, passarão a frequentar os piquetes e receber apenas 120g/ave de milho, sorgo ou soja por dia. No piquete, restos de hortaliças e ramas verdes podem ser jogados para as aves.